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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Fala do Homem Nascido



Fala do Homem Nascido

Este poema de António Gedeão, que foi musicado e cantado por vários artistas antes de depois do 25 de Abril, fala-nos dos direitos mais elementares do Homem, o de ser livre e feliz, o de moldar o seu destino sem estar constrangido por outros.

Esse direito não precisa de ser justificado, é inerente a todo o ser humano.
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci

A vida exige a satisfação material e a realização plena.
Trago boca pra comer
e olhos pra desejar
tenho pressa de viver
que a vida é água a correr

Nada se pode opor a essa força, a essa vontade de viver que tudo leva de vencida.
Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu

Aqui na excelente voz de Adriano Correia de Oliveira.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Trova do Vento que Passa



Trova do Vento que Passa

Adriano Correia de Oliveira chega a Coimbra em 1959 e cedo se envolve com as lutas académicas e com a defesa dos mais desfavorecidos aderindo ao Partido Comunista em 1960.

Trova do Vento que passa, com poema de Manuel Alegre surge em 1963 no seu primeiro EP “Fados de Coimbra” e logo ganha asas tornando-se uma canção símbolo da luta antifascista.

A letra faz um diagnóstico do país
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Para depois apelar à esperança, ao animo e à resistência.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.