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domingo, 26 de fevereiro de 2017

Que parva que eu sou



Que parva que eu sou

Uma canção que retracta com humor, exatidão e revolta a vida e o destino da juventude de hoje que apesar dos seus cursos superiores não encontra saídas profissionais e sem futuro.
Sou da geração sem remuneração.
E nem me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou.

Uma geração que não ousa abandonar a casa dos pais porque os estágios sucedem-se sem fim à vista.
Porque isto está mau e vai continuar,
Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou.

Mas que apesar de espezinhada e explorada é um grupo essencialmente derrotado, amorfo e sem chama que não se revolta nem protesta.
Sou da geração "vou queixar-me p'ra quê?",
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou.

A universidade como caminho para a moderna escravidão.
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
Onde para ser escravo
É preciso estudar.

Música e letra de Pedro Silva Martins, cantada por Ana Bacalhau a vocalista dos Deolinda.