quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Jerusalem



Jerusalem

Mais uma genial utilização de um clássico como material para a sua reescrita na linguagem do rock. Do hino do compositor inglês Sir Hubert Parry (1848-1918) e da letra do pequeno poema de William Blake (1757-1827) incluído no prefácio à sua obra Milton a poem e concebido e publicado na primeira década de novecentos.

Apesar do tom iminentemente religioso, de pendor cristão, sempre preferi uma interpretação mais aberta, em que Jerusalém se identifica com o nosso ideal, qualquer que ele seja, lendo assim o texto como um belo e profundo apelo à persistência e à audácia na transformação do mundo num sentido de maior justiça e equidade.

Bring me my bow of burning gold!
Bring me my arrows of desire!
Bring me my spear, oh clouds unfold!
Bring me my chariot of fire!

I will not cease from mental fight,
Nor shall my sword sleep in my hand
Til we have built Jerusalem
In England's green and pleasant land

Sempre que oiço esta canção sinto-me convocado para mais uma dura e inconclusiva batalha a favor do Bem contra as Trevas. Um sentido de dever sobe no peito e estou pronto para avançar.  

Primeiro tema do álbum Brain Salad Surgery, editado em 1973, a meu ver o melhor trabalho do trio.

(Fica também, para comparação o hino de Hubert Perry).


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