Katyusha
Uma terna canção russa, de
cariz patriótico, sobre uma rapariga rural que pensa no seu amado que combate
numa frente de guerra fazendo frente ao invasor alemão para proteger a
população que fica na retaguarda. Katyusha
é, somo se sabe, o diminutivo carinhoso e familiar de Catarina.
A canção começa com Kayusha
na margem de um rio perto de um pomar.
Cresciam
as maçãs e pêras,
Pairava
a névoa sobre o rio.
E
surgia na margem Katyusha,
Na
alta encosta da margem.
Ela
surgia, cantando uma canção,
Sobre
a cinzenta águia das estepes,
Sobre
aquele, que amava,
Sobre
aquele, cujas cartas guardava.
Cantava recordando o seu
amor lutando na frente, num contraste entre a violência da guerra e placidez
campestre que envolve a jovem Catarina.
E ao
lutador, na distante fronteira
De
Katyusha manda saudações.
Que
ele se lembre da humilde moça,
Que
ele ouça, como ela canta,
Que
ele possa a terra conservar,
Assim
como Katyusha o amor conservará.
Cresciam
as maçãs e pêras,
Pairava
a névoa sobre o rio.
E
surgia na margem Katyusha,
Na
margem alta e íngreme.
Foi escrita em 1938 e tem música
do grande compositor de música popular soviético de origem judaica e galardoado
em 1943 com o Prémio Estaline Matvei
Blanter (1903-1990) e letra do poeta comunista Mikhail Isakovsky (1900-1973).
Uma grande canção que logo
alcançou um grande êxito em todo o mundo. Aqui interpretada pela jovem Valeria Kurnushkina e pelo Coro do
Exército Vermelho. O coro manteve-se mesmo depois da queda do comunismo e da
desagregação da URSS. O seu maestro e os 63 membros do coro morreram no dia de Natal de 2016 num
acidente de aviação quando o Tupolev em que viajavam se despenhou no Mar Negro.
Valeria Kurnushkina não seguia a bordo. O coro foi entretanto reorganizado.
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