Jerusalem
Mais uma genial utilização de um clássico
como material para a sua reescrita na linguagem do rock. Do hino do compositor
inglês Sir Hubert Parry (1848-1918) e da letra do pequeno poema de William
Blake (1757-1827) incluído no prefácio à sua obra Milton a poem e concebido e
publicado na primeira década de novecentos.
Apesar do tom iminentemente religioso, de
pendor cristão, sempre preferi uma interpretação mais aberta, em que Jerusalém
se identifica com o nosso ideal, qualquer que ele seja, lendo assim o texto
como um belo e profundo apelo à persistência e à audácia na transformação do
mundo num sentido de maior justiça e equidade.
Bring
me my bow of burning gold!
Bring
me my arrows of desire!
Bring
me my spear, oh clouds unfold!
Bring
me my chariot of fire!
I
will not cease from mental fight,
Nor
shall my sword sleep in my hand
Til
we have built Jerusalem
In
England's green and pleasant land
Sempre que oiço esta canção sinto-me convocado
para mais uma dura e inconclusiva batalha a favor do Bem contra as Trevas. Um
sentido de dever sobe no peito e estou pronto para avançar.
Primeiro tema do álbum Brain Salad Surgery,
editado em 1973, a meu ver o melhor trabalho do trio.
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