Tico-tico
no Fubá
Pixinguinha (1897-1973), nome artístico de
Alfredo da Rocha Vianna Filho, foi um compositor, saxofonista e flautista
brasileiro que se notabilizou pelas suas obras nomeadamente pelo
desenvolvimento do Choro, um género
moderno de música popular de raiz urbana.
O Choro,
também chamado chorinho, é um género musical que nasceu no Rio de Janeiro em
meados do século XIX com a fusão dos ritmos africanos do lundu com músicas de
origem europeia, recorrendo a instrumentações baseadas na flauta, violão e
cavaquinho.
Na génese
do Choro estão músicos, compositores e vocalistas afro-brasileiros que cantaram as dores da escravatura e da vida
dura dos negros numa sociedade racista. Um dos seus percursores foi Joaquim Antônio da Silva Callado
(1848-1880) que apesar de ter morrido prematuramente aos 31 anos, deixou uma
longa lista de composições notáveis. A par com Callado surge como grande do
Choro Chiquinha Gonzaga (1847-1935),
pianista, compositora e maestrina, filha de um general e de uma negra de origem
humilde. Sua mãe era filha de escravos alforriados.
Tico-tico no Fubá é um choro composto por Zequinha de Abreu (1880-1935), de seu
nome José Gomes de Abreu, em 1917. Esta obra-prima tem sido gravada pelos
maiores nomes da música brasileira e mesmo pelos grandes nomes do Jazz,
tornando-se num grande clássico. Aqui deixamos uma versão de Charlie Parker a
par com a de Pixinguinha acompanhado de Benedicto de Lacerda na flauta.
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