Original
skin
Phillippa
Yaa de Villiers (n. 1966) é uma grande poetisa e escritora
sul-africana, que encena as suas próprias criações.
Nascida de um pai africano ganês e de mãe
australiana branca foi adotada em bébé por uma família branca da África do Sul,
que lhe deu amor e uma educação superior.
Original skin é um longo poema em que nos
conta o seu drama interior de não conhecer as suas origens africanas, se julgar
branca, mesmo quando em sua volta as reações dos outros e do sistema a apontam e
discriminam como negra. O drama da identidade partilhada é aqui abordado de uma
forma compungente, de grande honestidade e sinceridade que nos leva às lágrimas,
a coragem de investigar e deslindar o mistério da sua identidade e de a assumir
com verticalidade.
Um excerto do momento em que pela primeira
vez viu uma bandeira vermelha.
I
joined the thousands at Matthew Goniwe’s funeral,
carrying
burning flames of righteous indignation.
And on that day
I saw my first communist flag:
borne above the dust
by the army of the dispossessed.
And I felt so connected.
The flag was the sun rising in
the east
like the dawn of a new day of
justice and equality.
All our pain carried away on the
wings of a freedom song.
What innocent hope, what
sincerity.
our raised fists in the innocent
air ringing with freedom songs.
Aqui ficam partes do Poema ditos pela própria
Phillippa Yaa de Villiers. Vale a pena partilhar. Como muito de bom que se faz
pelo mundo não está disponível em português nem em Portugal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário