quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Katyusha



Katyusha

Uma terna canção russa, de cariz patriótico, sobre uma rapariga rural que pensa no seu amado que combate numa frente de guerra fazendo frente ao invasor alemão para proteger a população que fica na retaguarda. Katyusha é, somo se sabe, o diminutivo carinhoso e familiar de Catarina.

A canção começa com Kayusha na margem de um rio perto de um pomar.
Cresciam as maçãs e pêras,
Pairava a névoa sobre o rio.
E surgia na margem Katyusha,
Na alta encosta da margem.
Ela surgia, cantando uma canção,
Sobre a cinzenta águia das estepes,
Sobre aquele, que amava,
Sobre aquele, cujas cartas guardava.

Cantava recordando o seu amor lutando na frente, num contraste entre a violência da guerra e placidez campestre que envolve a jovem Catarina.
E ao lutador, na distante fronteira
De Katyusha manda saudações.
Que ele se lembre da humilde moça,
Que ele ouça, como ela canta,
Que ele possa a terra conservar,
Assim como Katyusha o amor conservará.
Cresciam as maçãs e pêras,
Pairava a névoa sobre o rio.
E surgia na margem Katyusha,
Na margem alta e íngreme.

Foi escrita em 1938 e tem música do grande compositor de música popular soviético de origem judaica e galardoado em 1943 com o Prémio Estaline Matvei Blanter (1903-1990) e letra do poeta comunista Mikhail Isakovsky (1900-1973).

Uma grande canção que logo alcançou um grande êxito em todo o mundo. Aqui interpretada pela jovem Valeria Kurnushkina e pelo Coro do Exército Vermelho. O coro manteve-se mesmo depois da queda do comunismo e da desagregação da URSS. O seu maestro e os 63 membros do coro morreram no dia de Natal de 2016 num acidente de aviação quando o Tupolev em que viajavam se despenhou no Mar Negro. Valeria Kurnushkina não seguia a bordo. O coro foi entretanto reorganizado.

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